7.4.06


It is by the goodness of God that in our country we have those three unspeakably precious things: freedom of speech, freedom of conscience, and the prudence never to practice either of them.
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http://dn.sapo.pt/2006/04/07/internacional/charles_pasqua_cada_mais_cercado_pel.html
Charles Pasqua, antigo ministro do Interior francês (1986-88 e 1993-95), está a ser investigado judicialmente no âmbito do programa "Petróleo por Alimentos", nomeadamente por "tráfico de influências agravado". Pasqua, alegando que o objectivo principal da magistratura francesa é atingir politicamente o Presidente Jacques Chirac, de quem foi dos mais fiéis aliados, protesta a sua inocência. Fê-lo durante hora e meia, em Paris, numa audiência presidida pelo juiz Philippe Courroye.Senador, representando a região parisiense de Hauts-de-Seine desde 2004, Pasqua, de 78 anos, beneficia do regime de imunidade parlamentar, o que, em princípio, o afastará do banco dos réus, a despeito de algumas fontes garantirem que foi das personalidades francesas que mais lucraram com as irregularidades aquele programa da ONU (troca de alimentos por petróleo iraquiano), em vigor entre 1996 e 2003.
Juiz vedeta da magistratura francesa nesta espécie de "operação mãos limpas", Philippe Courroye tenta deslindar o alegado envolvimento de personalidades francesas no tráfico de influências cimentado por Saddam Hussein.
Na lista, para além de Pasqua, constam os nomes de um antigo secretário-geral do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Serge Boidevaix, e do antigo embaixador francês nas Nações Unidas, Jean-Bernard Mérimée. E, ainda, de Bernard Guillet, ex-conselheiro diplomático de Charles Pasqua.
Nesta missão, Courroye tentará fazer luz sobre as críticas, sobretudo vindas do outro lado do Atlântico, que colocam Paris no epicentro da resistência à invasão do Iraque, em Março de 2003, alegadamente por via dessas ligações perigosas mantidas durante os anos em que vigorou o embargo internacional a Bagdad.
Na verdade, porém, e de acordo com o relator da comissão internacional entretanto criada pela ONU, Paul Vocker, antigo presidente do Banco Central Americano, essa "rede" não terá tido fronteiras, abrangendo mais de 2200 empresas em mais de 60 países. Empresas como a Toyotta e a Renault, por exemplo, num total de 172 de origem francesa. Uma e outra terão "empolado" as trocas comerciais com Saddam Hussein em sete milhões de 6,6 milhões de dólares, respectivamente, em troca de bónus petrolíferos.
Verdadeiro maná, o programa da ONU, que envolveu verbas no valor de 64 mil milhões de dólares, terá permitido ao regime de Saddam embolsar avultadas quantias, transformando-se num escândalo à escala internacional.
Próximos passos: Courroye, que entrou em contacto directo com Volcker em 2005, tenciona agora visitar Bagdad, enquanto Pasqua, que, em 2001, já foi investigado por "encobrimento de abuso de bens sociais" e "tráfico de influência" num caso de tráfico de armas para Angola ( o "Angolagate") vai interpor recurso.

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