20.3.13

Na doutrina da União Europeia, a imposição de um confisco (o que tecnicamente é incluído no grupo de medidas de "repressão financeira") sobre depósitos até 100 mil euros não levanta problemas legais, pois se trata de medidas de política orçamental.”
http://expresso.sapo.pt/garantia-dos-depositos-so-em-caso-de-falencia-dos-bancos=f794674

- Eufemismo - “... pois se trata de medidas de política orçamental.”

“...ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schäuble, “Quem investir o seu dinheiro em países onde paga menos impostos, ou talvez onde seja também menos controlado, assume o risco quando os bancos desse país deixam de ser solventes, é uma evidência”, declarou.”

- Esqueceu-se que devia ter aconselhado a deixar os bancos insolventes falir.

“Para Wolfgang Schäuble, se não forem os cipriotas a contribuir, são os “contribuintes europeus a financiar os milhões de investimento estrangeiro em Chipre”.”
http://www.publico.pt/economia/noticia/quem-investir-em-chipre-deve-assumir-a-responsabilidade-diz-schauble-1588290

- O descaramento da chantagem não tem limites. O importante é evitar que os causadores da crise sejam levados à justiça.

A Economist argumenta que “não há qualquer imperativo moral para taxar as viúvas cipriotas e deixar os detentores de obrigações bancárias intocados, como parece ser o caso”
http://www.publico.pt/economia/noticia/resgate-em-chipre-pode-acabar-com-a-confianca-no-sector-bancario-da-noite-para-o-dia-1588131

“"É um assalto, uma extorsão. É inacreditável e uma machadada num pilar fundamental de estruturação do sistema financeiro, a confiança. É com isso que os bancos funcionam, dão créditos, conseguem viver e exercer a sua função", afirmou ao Expresso António Júlio de Almeida, ex-presidente e membro da direção da Sefin.”

- A confiança que há muito foi perdida.

“Júlio de Almeida “Segundo o dirigente, "o que é um facto é que a comunidade internacional financiadora do Chipre entendeu que deveria punir de alguma forma esta capacidade de atração penalizando os depósitos, dos estrangeiros e dos próprios nacionais, ...”
http://expresso.sapo.pt/caso-do-chipre-mina-confianca-no-sistema-bancario=f794525

- Tribunais para que te quero.

Hoje.
“Depois de várias entidades (como o BCE) e países terem rejeitado a paternidade da ideia, aprovada por unanimidade na reunião do Eurogrupo do passado sábado, Bruxelas vem agora dizer que alertou desde o princípio para os riscos da decisão...”

“...a Comissão diz apenas que, uma vez que todos estavam de acordo, a eventual culpa terá que morrer solteira: "não há ninguém a culpar, foi uma decisão unânime", acrescentou Bailly.”
http://expresso.sapo.pt/comissao-europeia-lava-as-maos-da-ideia-de-taxar-depositos=f794910

- Tudo boa gente.
- Depois da atitude/comportamento do povo cipriota, é aconselhável mudar para lá as poupanças?


E por cá tivemos uma prenda.
“"Diz-se que não se devem ter economias baseadas em mão de obra barata. Não sei por que não. Porque se não for a mão de obra barata, não há emprego para ninguém. Portanto, de facto é uma vantagem comparativa. Caso contrário, se a gente quer concorrer com potências que têm muito maior produtividade, é impossível pagar os salários de alta produtividade a trabalhadores com baixa produtividade", declarou Belmiro de Azevedo.”
http://expresso.sapo.pt/sem-mao-de-obra-barata-nao-ha-emprego-diz-belmiro-de-azevedo=f794560

É verdade que os salários baixos são uma vantagem competitiva. Também é uma verdade insofismável que a existência de Beliros e compadrios, SONAES e outros que tais, são cancros que minam a saúde duma sociedade.

 
*****
Controle de velocidade na Dinamarca.
 Por cá ninguém se lembra destas coisas...

2 comentários:

alf disse...

Em relação ao que diz o Belmiro ele tem razão numa coisa: é impossível pagar altos salários a trabalhadores de baixa produtividade. Na verdade, nem altos nem baixos. É por isso que o emprego dispara. A raiz do nosso problema de emprego é uma longa história de mau ensino e de 40% de abandono escolar.

Agora, isto não acontece por acaso, da mesma maneira que não acontece por acaso a existência de 1/3 de descartáveis. É a mesma teoria. A de que se descartarmos 1/3 da sociedade, os outros 2/3 viverão muito melhor.

O Sócrates quis mudar isso e por isso ganhou o ódio dos 2/3 que beneficiam disso (entre outras razões)

Agora, integrados na Europa, passamos todos a fazer parte do 1/3 descartável... e não gostamos... mas é assim, temos de nos decidir: ou não há descartáveis ou os descartáveis seremos nós

Tentar resolver o problema atual pisando em cima dos descartáveis, ou seja, cortando nos apoios sociais, só estamos a fazer a cama em que nos vamos deitar.

alf disse...

Uma gralha em cima: "É por isso que o desemprego dispara", não é o "emprego", infelizmente...

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