20.3.10


Acções beneméritas da nossa classe política e governantes.
Proposta do governo (PS) e aceite pelo CDS e PSD.

“Vai haver perdão fiscal para as empresas que tenham dinheiro em praças off-shore. A alteração consta do Orçamento de Estado para 2010 e explica-se assim: quem tiver dinheiro colocado ilegalmente no estrangeiro pode limpar o cadastro, fiscal e criminal, e colocar de novo o dinheiro em Portugal mediante o pagamento de uma só taxa, de 5 por cento sobre o valor a transferir.”
http://tv1.rtp.pt/noticias/?t=Estado-perdoa-empresas-que-fugiram-ao-fisco-atraves-de-offshores.rtp&headline=20&visual=9&article=328481&tm=6

“Teixeira dos Santos anunciou, na cerimónia de cancelamento da dívida moçambicana (249,5 milhões de euros), que "muito em breve" também a dívida bilateral de São Tomé e Príncipe será perdoada.”
http://www.inverbis.net/sistemapolitico/portugal-perdoa-dividas.html

“Quem não entregar aos cofres do Estado os impostos de terceiros, como por exemplo o IRS ou o IVA retido, deixa de ter multas pesadas, ...”
http://dn.sapo.pt/inicio/interior.aspx?content_id=1132978

Embora estejamos em crise, a U.E. não se deixa incomodar e também surge com as suas acções beneméritas.

“A Comissão Europeia (por unanimidade) decidiu hoje levar a tribunal os 27 países da União Europeia, na sequência da decisão dos Estados-membros de reduzir este ano para metade os aumentos salariais dos funcionários das instituições europeias.”

“Em Dezembro passado, o Conselho dos 27 Estados europeus decidiu, por unanimidade, atribuir aos funcionários europeus (44.500) um aumento salarial bruto de 1,85 por cento, em vez dos 3,7 por cento previstos na legislação comunitária, que vários governos consideraram impensável em plena crise económica.”

“... a Comissão Europeia estima que a decisão dos países da UE não está em conformidade com a lei.”
http://aeiou.expresso.pt/ue-27-em-tribunal-devido-a-reducao-de-aumentos=f556240

“... dado haver já um precedente, quando, em 1972, num caso semelhante, o Tribunal se pronunciou a favor dos funcionários europeus.”
http://www.ionline.pt/conteudo/40603-ue-bruxelas-leva-27-tribunal-devido-reducao-do-aumento-salarial-dos-funcionarios

Fico-me por aqui, na enumeração de tantas benesses. Não me quero enfadar.

Distribuição de custos.

“A Comissão propõe o prazo de 2013 para nove países: Portugal, Alemanha, França, Espanha, Áustria, Países Baixos, República Checa, Eslováquia e Eslovénia.”
http://ec.europa.eu/news/economy/091112_pt.htm

“O Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) prevê um agravamento fiscal para a generalidade dos contribuintes de IRS, independentemente dos seus rendimentos, e o congelamento dos limites máximos da esmagadora maioria das prestações sociais pelo menos até ao final de 2013.”
http://economia.publico.pt/Noticia/apoios-sociais-congelados-e-subidas-no-irs_1427599

Como é óbvio, para não haver queixas de falta de justiça, a U.E. exige que os estados membros ponham ordem nas finanças públicas, desordem recordemos, causada pela alta finança com a cumplicidade silenciosa de todos os dirigentes europeus (e nacionais), em 3 anos, no caso de Portugal.

Esses mesmos dirigentes europeus, contestam a tentativa de um menor aumento dos seus ordenados.

Obedientemente e sem se opor, o governo português, democraticamente distribui os custos por todos aqueles que nenhuma responsabilidade tiveram no terramoto causado pela alta finança.

Nada fala sobre a diminuição das prestações que mensalmente pagamos por pertencermos à U.E.

Entretanto, estando a nação em dificuldades económicas, perdoa e promete perdoar dívidas de países estrangeiros.

Aplica uma taxa de 5%, o IRS é o dobro, a todos aqueles que fugiram às suas obrigações fiscais, que agora queiram trazer o dinheiro para o país, limpando-lhes o cadastro criminal.

Lança um PEC (Plano de Extorsão Criminosa), aumento de impostos, que vai fazer com que as pessoas, que não tiveram responsabilidades no descalabro financeiro, propositado, cheguem ao fim do mês com menos dinheiro, mais pobres. Responsabilizados pelos custos, pela recuperação financeira. Rompendo unilateralmente desta forma, com os acordos que o estado tinha com os portugueses (se qualquer cidadão decidisse da mesma forma...).

Os gregos, os únicos que ainda têm coluna vertebral, que não querem pagar as dívidas criadas por outros, são reprimidos nas suas manifestações, com o dinheiro dos seus impostos... É caso para lembrar aqui o que Lysander Spooner escreveu no seu livro “No Treason: The Constitution of No Authority”;

Quem desejar liberdade deve entender estes factos vitais:

1- Qualquer homem que ponha dinheiro nas mãos de um governo (assim chamado), põe-lhe nas mãos uma espada que será usada contra ele, para lhe extorquir dinheiro e também para mantê-lo subjugado à sua vontade arbitrária.

2- Aqueles que lhe ficam com o dinheiro, sem o seu consentimento, em primeiro lugar, usá-lo-ão para o continuar a roubar e escraviza-lo, se ele se atrever a resistir às suas futuras demandas.

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Um comentário:

Diogo disse...

É necessário inventar urgentemente um novo tipo de revolução.

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