20.8.09
Entrevista ao sr Pedro Ferraz da Costa
“Quando começaram os nossos erros?
Estamos a errar desde que integrámos a União Europeia. Nos primeiros anos, apesar de algum esforço do sector exportador, apostou-se na política das infra-estruturas, no crescimento da procura interna e na deslocação de imensa iniciativa empresarial do sector produtivo para os serviços e para o sector financeiro. Errámos ao investir primeiro nas infra-estruturas e só depois no capital humano.”
“Mudou alguma coisa nos últimos quatro anos?
Em termos de política económica foi uma legislatura catastrófica. ...”
“Os nossos governantes são maus?
Temos uma classe política e nalguns casos até governantes, onde se inclui o ex-ministro da Economia (Manuel Pinho), que não têm conhecimento da realidade. Qualquer pessoa com experiência em negócios internacionais percebe que fazer uma oficina com um único fornecedor e um único cliente não podia dar resultado. Ao ministro da Agricultura (Jaime Silva) tenho-o ouvido dizer coisas espantosas como, por exemplo, que a crise ainda não tinha chegado ao sector. Ele não servia nem para director-geral...”
“Não lamenta o episódio que levou à demissão de Manuel Pinho.
Ninguém teve pena. Toda a gente sabe que ele é maluco. ...”
“Será dramático se não sair uma maioria absoluta das eleições de Setembro?
O que acho dramático é que nos contactos com os partidos percebi que ninguém está preparado para ter um Governo que vá tomar grandes decisões.”
“Admitiria integrar um Governo?
Não fecho a porta, mas é muito difícil porque temos uma democracia que reserva a quase totalidade da acção aos partidos políticos. Não tenho uma vontade de protagonismo assim tão grande que me obrigasse a dizer coisas com as quais não concordo.”
“Sem a crise, acabaríamos estes quatro anos melhor do que estávamos?
“... Acho extraordinário que o Bloco de Esquerda seja o único partido que fala na urgência da contenção da despesa pública.”
Esta não posso mesmo deixar de comentar.
Se o bloco diz, é porque é “mau”, porque procura protagonismo (o que é verdade), portanto o Zé não tem de se preocupar muito com isso, visto que os grandes partidos não dão grande importância, e, se diminuir a despesa pública como vão ficar aqueles que estão a perder os seus empregos? Claro que a despesa pública não é só com os desempregados. Portanto, deve-se fazer o contrário do que o bloco adverte. É estranho o bloco advertir para se fazer o contrário daquilo que é uma das bases da sua ideologia, mais e mais estado. E não sou do bloco, longe, bem longe!
“O que pensa do TGV (comboio de alta velocidade) e do novo aeroporto?
“... Não se avaliam os investimentos que são feitos, quanto se gasta. Rouba-se muito. O país não tem dimensão para se roubar tanto.”
É definitivamente aquilo que à muito penso. Para que o país possa melhorar, é necessário varrer a casa e não deixar os que até agora estiveram de alguma forma ligados à governação do país, se aproximem.
http://clix.expresso.pt/portugal-nao-tem-dimensao-para-se-roubar-tanto=f531819
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