18.6.09


Texto copiado daqui (achei-o muito interessante);
http://holocausto-doc.blogspot.com/2009/06/as-igrejas-alemaes-e-o-estado-nazista.html

Terça-feira, 16 de Junho de 2009

As Igrejas Alemães e o Estado Nazista
Um censo religioso realizado em 1925 revelou que de um total de 65 milhões da população alemã, 40 milhões pertenciam à principal Igreja Protestante (Luterana Evangélica), 21 milhões à Igreja Católica Romana, e 620.000 a várias denominações menores, principalmente protestantes. O termo "Luta da Igreja” (Church Struggle) se refere às relações tensas entre a Igreja e o Estado na Alemanha na década de 1870 e, posteriormente, durante o regime nazista. Embora a política nazista em um primeiro momento parecesse tolerar a autonomia da igreja, logo se tornou claro que a tolerância oficial dos grupos religiosos cristãos iria durar apenas enquanto as igrejas aceitassem a sincronização - o alinhamento da igreja, juntamente com outras áreas da sociedade, com os objetivos nazistas. As Igrejas Protestante e Católica Romana juntaram-se à ascensão do nazismo ao poder como uma tentativa de manter o controle das respectivas instituições e os direitos de seus membros de adorar livre e abertamente.

A Igreja Católica Romana

O partido do Centro Alemão foi um pilar da República Weimar. Ele tinha, de forma geral, resistido à ascensão nazista ao poder, apesar de a ala direita do partido ser liderada pelos políticos pelo menos dispostos a tolerar o governo de Hitler. Quando Hitler se tornou chanceler em Janeiro de 1933, o partido apoiou medidas que davam a ele poder ditatorial. Em 5 de julho de 1933, sob intensa pressão nazista - o partido se dissolveu (os outros partidos políticos restantes tinham sido proibidos anteriormente naquela primavera e verão). A Igreja Católica na Alemanha era controlada pelo Vaticano, sob a liderança do Papa Pio XI e assinou uma Concordata (Tratado) com o Reich Alemão 15 dias depois. A Concordata confirmada a dissolução das organizações sindicais e políticas católicas alemãs, mas garantia à Igreja os direitos tradicionais para cultivar e promover a prática do rito católico, manter escolas católicas e nomear o clero católico. Contudo, muitas disposições do acordo foram prontamente violadas, quando os nazistas perseguiram os jesuítas, a Ação Católica (um movimento social e religioso) e várias outras organizações católicas. Após suportar ações contrárias à igreja por vários anos, em 1937 o Papa Pio XI emitiu a Encíclica Mit brennender Sorge (“Com Ardente Preocupação“). Na encíclica, Pio XI criticou a filosofia nazista e advertiu o governo alemão a cumprir os termos da Concordata. Os nazistas responderam com uma onda de julgamentos de sacerdotes, acusando o clero de infrações infundadas.

A Igreja Protestante

Em uma nova tentativa de sincronizar o pensamento religioso e a política do Estado, os nazistas procuraram, sem sucesso, estabelecer uma igreja nacional unificada. Hitler nomeou um bispo do Reich, Ludwig Mueller, para liderar um movimento "cristão alemão" dentro da igreja. Mueller procurou sintetizar a ideologia nazista e a tradição protestante e para aguçar uma "igreja do povo", baseado no "bom sangue ariano". Este movimento tinha ganhado 600.000 adeptos por volta da década de 1930. O governo nazista também tentou suplantar o culto cristão com seculares celebrações do partido nazista que adotou muitos símbolos do ritual religioso, mas glorificava o partido e o Führer. Também foram feitos esforços para diminuir a influência clerical sobre a instrução religiosa nas escolas públicas, bem como para restringir as atividades e influenciar os currículos de escolas religiosas. Em 1933, um pequeno grupo de pastores protestantes formaram a Liga de Emergência dos Pastores. Fundada por Martin Niemöller, a liga assumiu uma posição contra a dominação nazista da igreja. Em 1934, seus líderes fundaram a Igreja Confessional, que representava uma minoria de todos os pastores protestantes na Alemanha. Sua ideologia era resistir à coerção nazista e expor a falta de moral do movimento cristão alemão pró-nazista. A Igreja Confessional, no entanto, não contestou as políticas raciais ou sociais nazistas. Embora um número muito pequeno de teólogos alemães - como Dietrich Bonhoeffer - se opusessem ao regime, durante todo o período nazista, a grande maioria da liderança das igrejas protestantes não desafiou a legislação e as ações discriminatórias do estado.Tanto a Igreja Católica quanto a Protestante se manifestaram em nome dos judeus que tinham se convertido ao cristianismo ou pelos judeus casados com membros de suas igrejas, tendo, assim, salvado algumas vidas. Além disso, as igrejas protestaram veementemente contra o Programa Nazista de Eutanásia e conseguiram limitar seu âmbito. Embora o regime nazista posteriormente interrompesse a visibilidade deste programa, ele continuou em segredo. Assim, a ação das igrejas nessa questão provou que o protesto poderia causar impacto sobre a política nazista. No entanto, nem a hierarquia clerical católica nem protestante oficialmente protestaram contra a perseguição dos judeus e os horrores da "Solução Final".

Outras denominações Cristãs

Grupos sectários foram considerados politicamente perigosos devido à sua tendência adventista, milenar e internacional. Alguns foram proibidos pelo governo nazista e muitos foram sujeitos a uma constante vigilância por parte da polícia secreta. As seitas foram um alvo mais fácil para o governo do que as grandes igrejas. A política nazista variava de acordo com a seita. Algumas, tal como as Testemunhas de Jeová (proibida na Prússia em 1933), foram perseguidas e muitos de seus seguidores foram presos em campos de concentração. Outros, como os Novos Apostólicos, Cientólogos Cristãos (proibidos em 1941) e Adventistas do Sétimo Dia passaram por perseguição intermitente. Finalmente, alguns grupos, como os mórmons, foram ignorados ou mesmo tratados com alguma condescendência. Todas as seitas cristãs praticamente foram, em algum momento, acusadas de abrigar marxistas ou de ser outros "inimigos da Alemanha".

Fonte: USHMM

http://www.ushmm.org/wlc/article.php?lang=en&ModuleId=10005206

Tradução: Carla Jammer

E mais dois textos, muito interessantes


A Religião na Alemanha Hitlerista
18/3/2009


No meu Estado cada qual pode alcançar a salvação à sua maneira
Um tanto motivado pelo tema antecedente, vejo-me tentado a abordar o deste título. Ao contrário do que é geralmente suposto ou até afirmado, na Alemanha daquele tempo o Estado não interferiu em questões religiosas, ao menos no que se refere às duas grandes religiões cristãs. Continuava valendo a máxima ditada em 22 de junho de 1740 pelo rei da Prússia Frederico II: No meu Estado cada qual pode alcançar a salvação à sua maneira. Uma situação bem diferente daquela que desde a revolução bolchevique imperava na Rússia e em toda a União Soviética, onde ser adepto de uma igreja cristã podia significar uma sentença de morte. Para uma melhor compreensão dos acontecimentos históricos não é demais lembrar que era grande a presença do elemento judeu na revolução capitaneada por Lênin. Segundo o Anuário Cultural Humanus, 2005, logo depois da tomada do poder pelos comunistas, dos 545 integrantes da sua cúpula 447 eram judeus e apenas 30 russos. Mas voltemos à Alemanha.
Já em julho de 1933, poucos meses após assumir o governo, Hitler se posicionou bem com a igreja católica firmando com o Vaticano a “Concordata”, uma convenção entre Estado e Igreja sobre assuntos religiosos da nação. O Vaticano admirava Hitler, assim como apoiou Franco na Espanha e Mussolini na Itália. Ainda em novembro de 1939, após início da guerra, quando houve um atentado a Hitler, o Papa Pio XII lhe enviou congratulações pessoais pelo “milagroso salvamento”. Uma atitude bem menos hipócrita o que a que carateriza o Vaticano de hoje.
Para ilustrar o relacionamento vigente entre governo e igreja na Alemanha, cito a seguir alguns trechos do emblemático telegrama enviado a Hitler em 30.6.1941 (dias depois de iniciada a guerra contra a União Soviética) pelo Conselho Espiritual da Igreja Evangélica Alemã e publicado em 9 de julho de 1941 em Berlim pelo Gesetzblatt der Deutschen Evangelischen Kirche:
O Conselho Espiritual (...) assegura ao senhor, meu Führer, nestas horas arrebatadoras, novamente a imutável lealdade e disposição ao sacrifício de toda a Cristandade evangélica do Reich. O senhor, meu Führer, baniu o perigo bolchevista ao seu próprio território e conclama agora o nosso povo e os povos da Europa a participar do embate decisivo contra o inimigo mortal de toda ordem e de toda cultura cristã ocidental.“
O documento segue ainda enfatizando o perigo que o Bolchevismo representa para todas as nações do mundo.
Ao mesmo tempo, em 24 de agosto de 1941 aconteceu em Moscou o Congresso Internacional dos Judeus (citado de “Deutsche Hochschullehrer-Zeitung”3/1967, pag.11) que aprovou uma resolução da qual destaco:
“Irmãos judeus de todo o mundo: Deixem que a sagrada chama da vingança ilumine a cada hora mais e mais os seus corações! Estejam prontos para agir a cada minuto. Vocês devem fazer tudo o que estiver ao seu alcance para desmantelar as fontes de ajuda econômica dos fascistas, onde quer que vocês vivam neste mundo. (...) Boicotem seus produtos em toda parte. Lutem junto aos nobres Partisans, dispostos ao próprio sacrifício! Desenvolvam em todo o lugar uma propaganda de longo alcance em busca de solidariedade e apoio ativo à União Soviética. (...) A humanidade quer ser libertada da peste marrom. Cumpram com o seu dever nesta guerra santa.”
Como tenho dito aos caros visitantes deste blog - Entender o passado é compreender o presente. Em questões religiosas me vejo tão somente como observador, porém salta aos olhos que, apesar de oriundas da mesma região, há grandes diferenças entre judaísmo, cristianismo e islamismo. Tanto mais é surpreendente o fato de se poder registrar com frequência cada vez maior os meios de comunicação citarem a religião “judaico-cristã”, assim com hífen. Nada tenho contra. Neste ponto estou com o acima citado Frederico o Grande. Mas será que está se preparando uma espécie de “anexação”? Uma religião mundial?
Isto me lembra que Bento XVI continua devendo as provas aguardadas pelo bispo Williamson e demais holocéticos.
Fonte:
Blog do Toedter
Daqui:
http://www.inacreditavel.com.br/novo/mostrar_artigo.asp?id=328

Bispo Williamson e sua luta contra a mentira
16/2/2009


"está provado que estamos certos"


Spiegel:
O Vaticano está exigindo que o senhor se retrate de sua negação do Holocausto e está ameaçando não autorizar que o senhor retome suas atividades como bispo. Como o senhor reagirá?


Williamson: Por toda a minha vida, eu sempre busquei a verdade. Este é o motivo para ter me convertido ao catolicismo e me tornado padre. E agora, eu só posso declarar aquilo de que estou convencido. Como percebo que há muitas pessoas honestas e inteligentes que pensam diferente, eu devo rever as evidências históricas de novo. Eu disse a mesma coisa na minha entrevista para a televisão sueca: o que está em questão são evidências históricas, não emoções. E se encontrar estas evidências, eu me corrigirei. Mas isso levará tempo.
Spiegel: O senhor poderia viajar para Auschwitz.


Williamson: Não, eu não viajarei para Auschwitz. Eu encomendei o livro de autoria de Jean-Claude Pressac. Ele se chama "Auschwitz: Technique and Operation of the Gas Chambers" (Auschwitz: técnica e operação das câmaras de gás). Uma cópia está sendo enviada para mim e eu a lerei e estudarei.


Spiegel: A Sociedade de São Pio 10 (SSPX) estabeleceu um ultimato para o final de fevereiro. O senhor não corre o risco de romper com o grupo?


Williamson: No Velho Testamento, o profeta Jonas diz aos marinheiros quando o navio deles está em apuros: "Vamos! Atirem-me ao mar e ele ficará calmo ao vosso redor, porque sei que foi por minha causa que vos veio esta grande tempestade". A Sociedade tem uma missão religiosa que está sofrendo por minha causa. Eu agora examinarei as evidências históricas. Se não considerá-las convincentes, eu farei tudo o que estiver ao meu poder para evitar causar mais mal à Igreja e à Sociedade.


Spiegel: O que a revogação da excomunhão pelo papa Bento 16 significa para o senhor?


Williamson: Nós apenas queremos ser católicos, nada mais. Nós não desenvolvemos nossos próprios ensinamentos, mas estamos apenas preservando as coisas que a Igreja sempre ensinou e praticou. E nos anos 60 e 70, quando tudo foi mudado em nome deste Concílio (nota: o Concílio Vaticano Segundo), repentinamente se tornou um escândalo. Como resultado, nós fomos jogados à margem da Igreja, e agora que as igrejas vazias e o envelhecimento do clero deixou claro que as mudanças foram um erro, nós estamos retornando ao centro. É assim que funciona para nós conservadores: está provado que estamos certos, desde que consigamos esperar o suficiente.


Spiegel: As pessoas no Vaticano alegavam que não conheciam o senhor. É verdade?

Williamson: A maioria dos contatos passa pelo bispo Fellay e pelo Conselho Geral, do qual não faço parte. Mas três de nós quatro bispos participaram de um jantar privado com o cardeal Castrillon Hoyos em 2000. Ele se tratava mais de conhecermos uns aos outros, mas nós certamente discutimos questões teológicas e um pouco de filosofia. O cardeal foi muito amistoso.


Spiegel: O Concílio Vaticano Segundo é considerado uma das grandes realizações da Igreja Católica. Por que vocês não o reconhecem plenamente?


Williamson: Não está claro o que devemos reconhecer. Um documento importante se chama "Gaudium et spes", ou Alegria e Esperança. Nele, os autores escrevem com entusiasmo sobre a capacidade do turismo de massa de unir as pessoas. Mas é difícil esperar que uma sociedade conservadora abrace pacotes turísticos. Ele discute temores e dificuldades. E então uma guerra nuclear entre superpotências é mencionada. Como pode ver, grande parte disso já está datado. Estes documentos do Conselho são sempre ambíguos. Como ninguém sabia exatamente o que significavam, todo mundo começou a fazer como bem entendia logo após o Conselho. O resultado disso foi este caos teológico que temos hoje. O que devemos reconhecer: a ambigüidade ou o caos?


Spiegel: O senhor então está ciente de que estão dividindo a Igreja com suas posições extremas?


Williamson: Apenas a violação dos dogmas, isto é, os princípios infalíveis, destrói a fé. O Conselho Vaticano Segundo declarou que não proclamaria novos dogmas. Hoje os bispos liberais atuam como se ele fosse uma espécie de super-dogma que abrange tudo, e eles o utilizam como justificativa para uma ditadura do relativismo. Isso contradiz os textos do Conselho.
Spiegel: Sua posição em relação ao judaísmo é consistentemente anti-semita.


Williamson: São Paulo colocou desta forma: os judeus são amados por causa dos pais, mas inimigos por causa do evangelho.


Spiegel: O senhor seriamente pretende usar a tradição católica e a Bíblia para justificar seu anti-semitismo?


Williamson: Anti-semitismo significa muitas coisas hoje, por exemplo, quando alguém critica as ações israelenses na Faixa de Gaza. A Igreja sempre entendeu a definição de anti-semitismo como uma rejeição aos judeus por causa de suas raízes judaicas. Isto é condenado pela Igreja. Isto é auto-evidente em uma religião cujos fundadores e todos os indivíduos importantes de seus primórdios eram judeus. Mas também está claro, por causa do grande número de judeu-cristãos no início do cristianismo, que todos os homens precisam de Cristo para sua salvação - todos os homens, incluindo os judeus.


Spiegel: O papa viajará para Israel em breve, onde ele planeja visitar o Memorial do Holocausto. O senhor também é contrário a isto?


Williamson: Fazer uma peregrinação à Terra Santa é uma grande alegria para os cristãos. Eu desejo ao Santo Padre tudo de bom em sua jornada. O que me incomoda a respeito do Yad Vashem é que o papa Pio 12 é atacado lá, apesar de ninguém ter salvo mais judeus durante o período nazista do que ele. Por exemplo, ele fez com que certificados de batismo fossem emitidos para os judeus perseguidos para protegê-los contra a prisão. Estes fatos foram distorcidos para significar exatamente o oposto. Fora isso, eu espero que o papa também dê atenção para as mulheres e crianças que foram feridos na Faixa de Gaza, e que fale em apoio à população cristã em Belém, que atualmente está confinada à cidade.


Spiegel: Suas declarações causaram muitos danos e ultraje no mundo judeu. Por que o senhor não pede desculpas?


Williamson: Quando percebo que cometi um erro, eu peço desculpas. Eu peço a todo ser humano que acredite em mim quando digo que não falo nenhuma inverdade deliberadamente. Eu estava convencido de que meus comentários eram precisos, com base na minha pesquisa nos anos 80. Agora devo rever tudo e olhar para as evidências.


Spiegel: O senhor ao menos reconhece os direitos humanos universais?


Williamson: Quando os direitos humanos foram declarados na França, centenas de milhares foram mortos por toda a França. Onde os direitos humanos são considerados uma ordem objetiva para ser implantada pelo Estado, há consistentemente políticas anticristãs. Quando se trata de preservar a liberdade de consciência do indivíduo contra o Estado democrático, então os direitos humanos exercem uma função importante. O indivíduo precisa desses direitos contra um país que se comporta como um Leviatã. Mas o conceito cristão de Estado é diferente, de forma que as teorias cristãs de direitos humanos enfatizam que a liberdade não é um fim em si mesmo. O sentido não é liberdade de algo, mas liberdade para algo. Para o bem.


Spiegel: Suas declarações e a suspensão de sua excomunhão provocaram protestos em todo o mundo. O senhor entende isso?

Williamson: Uma única entrevista na televisão sueca dominou o noticiário por semanas na Alemanha. Sim, me surpreendeu. Isso acontece com todas as violações da lei na Alemanha? Dificilmente. Não, eu sou apenas o instrumento aqui, de forma que uma ação possa ser realizada contra a SSPX e o papa. Aparentemente o catolicismo esquerdista da Alemanha ainda não perdoou Ratzinger por ter se tornado papa.
14 perguntas dirigidas ao Bispo da Fraternidade Sacerdotal São Pio X, Richard Williamson, Revista Der Spiegel, 7/9.2.2009, Pág. 20-21)

Daqui:
http://www.inacreditavel.com.br/novo/mostrar_artigo.asp?id=294


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