24.6.10


Interessante notícia a de hoje no i jornal (24-06-2010, pág. 26)

- Aqui está uma das razões porque os banqueiros financiam o socialismo. Um estado fortemente interventivo, assumindo as responsabilidades que cada cidadão deve ter para consigo próprio.

Título – Bancos duplicam pedidos de fundos ao BCE e cortam no crédito às empresas.

Sub-título – Bancos emprestam mais ao Estado, em detrimento das empresas privadas. BCE é a rede que segura a banca nacional. - e do estado português.

“Os bancos portugueses mais do que duplicaram em Maio o acesso aos empréstimos concedidos pelo banco central europeu (BEC), no sinal mais evidente das sérias dificuldades de financiamento da banca nos mercados internacionais.”

“Ao fazê-lo, os bancos ficam detentores de títulos do Tesouro (de boa qualidade), o que lhes permite aceder mais facilmente a financiamento do BCE mais barato.” - o estado (os portugueses) garante o lucro da banca.

“... os bancos portugueses pediram um recorde de 35,8 mil milhões de euros emprestados ao BCE, o dobro dos 17,7 mil milhões pedidos em Abril e sete vezes mais que o registado há um ano.”

“Em Março e Abril o crédito concedido às Administrações Públicas subiu 138% e 170%, respectivamente.”

““Os bancos estão a aplicar a pouca liquidez que têm, directa ou indirectamente, em títulos de dívida do Estado português, uma operação com menos risco”, aponta Paulo Soares Pinho, economista especializado em banca”

“Os bancos financiam o estado e utilizam depois os títulos do Tesouro como garantia junto do Banco Central Europeu para receberem os empréstimos de que precisam.”

“De fora desta triangulação ficam as empresas, que são de longe os agentes os agentes da economia real...”

Segundo um gráfico apresentado com o título; BCE segura banca nacional.
Em Agosto de 2007 a banca nacional pediu 234 milhões ao BCE.
Em Maio de 2008 a banca nacional pediu 3,138 milhões de euros.
Em Maio de 2009 a banca nacional pediu 4,957 milhões de euros.
Em Maio de 2010 a banca nacional pediu 35,771 milhões de euros.

- É o preço a pagar por termos abdicado na nossa soberania (adesão ao euro).
- As empresas que criam riqueza ficam de fora, o que deixa o estado sem poder aumentar a sua receita através do aumento da riqueza, mas através do aumento de impostos, que por sua vez asfixia a empresas, que criam riqueza. Pescadinha de rabo na boca. Com encargos adicionais (subsídio de desemprego, por exemplo), a ter de importar e a não ter exportações.
- BCE através da banca nacional torna-se proprietário do estado português. Do futuro dos cidadãos.
- Etc, etc, etc.
- Espectacular maná!

.

3 comentários:

Diogo disse...

É realmente espantoso como nos deixamos comer desta maneira.

Diogo disse...

Antes da adesão ao Euro, a banca «nacional» já era estrangeira. Com o Euro deu-se apenas um processo de consolidação. A «nossa soberania financeira» nunca existiu.

Abraço

Carlos disse...

Caro Diogo
Neste momento não me lembro de qual o país árabe em que o ministro da economia proibiu os bancos de comprar acções tóxicas (conhecidas). Claro que neste momento não está com os problemas que nós temos.
Conhece aquele episódio da rainha de inglaterra ter intermediado um pedido do FMI, para que Salazar aceitasse um empréstimo, já antes recusado, por isso a intervenção da rainha, a pedido do FMI, com condições excepcionais, diziam eles (FMI), para o país? Salazar voltou a recusar. Uma das razões porque era maldito. Quase a mesma razão (há outras) porque a igreja católica é constantemente atacada. É contra a usura.
Independência absoluta à muito que deixou de existir, se é que alguma vez existiu. Podemos é ter mais ou menos, dependendo daquilo que fazemos, ou não fazemos.
Aderimos a uma união europeia, pagando um preço demasiadamente elevado, a pouca soberania que tínhamos. Agora estamos subjugados a outros interesses. À pior forma de escravatura, ainda por cima voluntária.

Arquivo do blog

Tecnologia do Blogger.