23.3.06

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Mas um dia, trabalhava Salazar na preparação do seu segundo orçamento, o Ministério dos Negócios Estrangeiros recebeu do Embaixador de Inglaterra um documento secreto: a cópia de uma «nota enviada pela S.D.N. ao Governo de Sua Magestade Britânica, em que se dizia profundamente impressionada pela forma como o Ministro das Finanças de Portugal estava a resolver o problema da administração daquele país e se recusava a renovar o pedido de empréstimo de 12 milhões de libras que vinha sendo solicitado pelos Governos anteriores. Que esta recusa colocava aquele Organismo Internacional em posição de desprestígio e desprimor, porque oferecera a Portugal novas e mais fáceis garantias. Nestas condições, rogava ao Governo de Sua Magestade Britânica se dignasse promover, junto daquele Governo, a renovação do pedido de empréstimo, oferecendo o seu valimento na S. D. N.».
Um dos peritos enviados a Lisboa pela Sociedade das Nações em princípios de 1928 era o sr. Jacques Rueff. Tivemos ocasião de conhecê-lo vinte e cinco anos depois, já presidente da Sociedade Política de Paris, presidente do Instituto Internacional de Estatística, presidente do Tribunal da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço, membro do Instituto de França...

Falámos sobre o tal pedido de empréstimo. Jacques Rueff era de opinião de que tínhamos feito muito bem em recusá-lo. E explicava: - O remédio devia o país procurá-lo dentro de si, em vez de tentar trazê-lo de fora. Era preciso que alguém dentro do país resolvesse o problema financeiro, criando através dessa resolução as possibilidades de fazer o resto. Além do que foi uma lição para outros países: mostrou que era tecnicamente possível resolver a crise com os recursos próprios e que é essencial fazer uma boa administração.

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