19.6.06


Duque de Bragança esteve retido em Timor - JN
Duarte Pio esteve retido domingo cerca de meia hora por militares australianos, depois de visitar o Presidente Xanana Gusmão, num incidente que o duque de Bragança considerou exemplar da falta de profissionalismo do contingente australiano estacionado em Timor-Leste.
O incidente verificou-se na descida de Balibar até à capital, quando uma viatura da embaixada de Portugal, devidamente identificada e com matrícula diplomática, foi mandada parar num controlo feito por militares australianos.
"Tinha acabado de fazer uma visita ao Presidente Xanana, e o agente do GOE (Grupo de Operações Especiais, da PSP) que viajava comigo foi intimado pelo militar australiano a entregar a sua pistola. Não é normal", afirmou D. Duarte Pio.
"'Quero a sua pistola', disse-lhe o militar australiano, e o agente do GOE, muito calmamente respondeu "penso que não'. Enquanto isto, eram muitos os camiões e carros que passavam por nós, e que não era controlados", contou o duque de Bragança em declarações à Lusa.
"Se o objectivo (das tropas australianas) é conter a violência, não são obviamente diplomatas e polícias portugueses que andam a assaltar casas em Díli", frisou.
Segundo Duarte Pio, o incidente ficou resolvido ao fim de cerca de meia hora, com a viatura da embaixada de Portugal a prosseguir finalmente a viagem de regresso para Díli.
O duque de Bragança deixou hoje Díli após uma estada de quatro dias em Timor-Leste, durante a qual se reuniu, além do Presidente, com o primeiro-ministro, Mari Alkatiri, com o ministro dos Negócios Estrangeiros, José Ramos Horta, e o bispo de Díli, D. Alberto Ricardo da Silva. Visitou ainda a Gráfica Diocesana de Baucau, instituição apoiada pela Fundação D. Manuel II.

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