8.6.06

Correio da Manhã 06-06-06
Antes desta intervenção, o presidente timorense tinha já recebido à porta do Palácio das Cinzas, edifício-sede da Presidência, o major Alves Tara, um dos militares rebeldes envolvido na organização da manifestação anti-governamental, que entregou ao chefe de Estado uma petição a exigir a demissão do executivo chefiado por Alkatiri.

Público
Já depois de Xanana Gusmão ter regressado ao Palácio das Cinzas, o major Tara dirigiu-se aos manifestantes para afirmar que o seu objectivo de se fazerem ouvir tinha sido alcançado. "Conseguimos o nosso objectivo, que era fazer a manifestação", disse."A nossa juventude deve ter consciência política e parar com a violência em Timor-Leste", afirmou ainda.O major Tara apelou igualmente para que todos os timorenses se organizem, "de Oecussi a Tutuala", para voltarem a Díli e "pedir a demissão do primeiro-ministro". "Não somos nós que fazemos a violência, mas sim os do grupo de Alkatiri", acusou.
Correio da Manhã-07-06-06
Junto aos camiões da manifestação, os soldados australianos entregavam pequenos folhetos à população. Num deles, em tons de vermelho, lia-se, em tetum e em inglês, que as tropas australianas estão em Timor-Leste para ajudar os timorenses.
O outro, escrito a preto, com imagens de violência a que todos já se habituaram, lembra que “o futuro de Timor-Leste está a ser destruído com actos de fúria, vingança e luta”. E acrescenta: “Os actos de vingança ou represálias são crimes contra o povo timorense.” (Mas que bem. Não foi a mal será que vai a bem?)
Pergunta do Correio da Manhã ao sr Ramos Horta e a resposta.
A que se devem os confrontos Exército-Polícia?
Primeiro que tudo, a rivalidades institucionais. Depois, quando surge a crise de 28 de Abril, houve manipulação das etnias. As pessoas pouco educadas, arraigadas a superstições obscurantistas, são facilmente manipuladas. (Como ele sabe destas coisas!)
[120 ninjas vão para Timor. ( E a seguir vão os samurais!)]
Público 07 06 06 Permanência da GNR em Timor-Leste pode estar em causa.
A GNR está confinada ao seu quartel improvisado em Díli com ordens do Governo português para não sair para o terreno, devido a um bloqueio diplomático nas negociações com a Austrália sobre as cadeias de comando. A decisão foi tomada depois de um incidente a meio da tarde de hoje, quando a GNR transportava dois detidos para o novo centro de detenção temporária guardado pelas tropas australianas. Porém, os militares australianos negaram-se a receber os detidos, questionando a legitimidade da GNR para proceder às detenções.O Governo português decidiu suspender todas as negociações técnicas no terreno sobre a actuação da GNR e as formas de coordenação com outras polícias e os militares australianos. Neste momento, decorrem negociações urgentes em Nova Iorque, segundo uma fonte governamental em declarações à Lusa, que confirma estar actualmente em causa a permanência da GNR em Díli, a não ser que o Presidente timorense, Xanana Gusmão, e o Governo timorense clarifiquem a actuação da força portuguesa no quadro do acordo bilateral assinado ente Lisboa e Díli que garante à GNR autonomia operacional.
Sic

O Governo português deu ordem às forças da GNR em Timor-Leste para não saírem do quartel, em Díli. Na origem da decisão esteve um incidente ocorrido esta quarta-feira, quando a GNR transportava dois detidos para um novo centro de detenção temporária. À chegada, os militares australianos responsáveis pela vigilância do local negaram-se a receber os detidos e questionaram a legitimidade da GNR para fazer detenções. A situação levou o Governo português a suspender todas as negociações com a Austrália sobre as cadeias de comando em Timor-Leste. O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE), contactado pela SIC, nega que esteja em causa a permanência da GNR em Timor. Carneiro Jacinto diz que o caso está a ser tratado através dos canais diplomáticos, que incluem as Nações Unidas, o Governo e a presidência timorenses. O porta-voz do MNE diz que é necessário, de uma vez por todas, clarificar o caso para que situações "gravissímas como esta" não voltem a repetir-se.
Diário Digital 8-06-06
...No entanto, os soldados australianos recusaram-se a aceitar a entrada dos efectivos da GNR na zona, explicando que só poderiam entregar os presos se entrassem no local desarmados e sob escolta de efectivos militares australianos. A mesma fonte referiu que houve «um comentário desagradável» por parte do comando australiano, que avisou não se responsabilizar pelo que podia acontecer caso aparecessem no local efectivos da GNR armados. Este acordo limita para já a actuação da GNR aos casos em que seja chamada a intervir pelos militares australianos e neozelandeses nas zonas por estes controladas. (?)

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